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domingo, 11 de dezembro de 2011

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Engraçado como a TPM nos transforma num ser estranho que habita nosso próprio corpo, e começa a nos mostrar coisas q em sã consciência somos incapazes de perceber. Sinceramente eu não sei onde eu quero chegar, eu nem sei mais se eu quero ir a algum lugar. A única coisa que eu sei é que eu vacilo, vacilo muito. E sempre me enfio nas piores encrencas!

É, 2011 foi um ano atípico. Alem de popular eu me tornei famosa, minhas histórias começaram a rodar a cidade! Até pra show de stand up eu fui convidada. Os gatos?! Nossa os melhores comeram na minha mão! Isso seria muito legal, se tudo não passasse de uma grande farsa! É isso mesmo, eu descobri que eu sou uma farsa!

Eu andei muito tempo escolhendo... Fazendo pesquisa de mercado. Nada estava bom pra mim, até que... me vi chegando aos 30 e sozinha, sem uma profissão definida... A única coisa que eu tenho e posso realmente chamar de meu é um cachorro! Agora me digam: quem, aos 30 anos, quer ter só um cachorro pra ser feliz?

As vezes me pego pensando nas cobranças da sociedade, o povo nunca esta satisfeito. Lembro quando eu fazia faculdade que me cobravam que eu gastava tempo demais com meu namorado, que eu deveria estudar. Me formei, primeira da turma, e terminei o namoro. Viajei, badalei e incomodei as pessoas, pois eu já era uma profissional, deveria ter mais postura!

Comecei uma pós, me concentrei nos estudos e logo arrumei um novo namorado! Me mudei, montei a minha casa e arrumei mais um problema para a minha vida! Sair de casa tão nova? É esse namorado que está virando a cabeça dessa garota... TERMINEI! Assumi os negócios da família, comprei um cachorro... E agora?

Pois é, e agora José? Agora, beirando os 30, eu percebi que eu não passo de uma farsa. Parece que eu faço parte de um grande circo! Onde todo mundo não passa de marionete! Se eu brinco, eu sou a divertida. Se eu falo sério, sou a dramática. Se sou amorosa, sou a global. O que é isso? São vários personagens que me habitam?

Cansei de ser essa mentira. Eu não sou essa mentira. Eu brinco sim, mas já dizia o ditado: toda brincadeira tem um fundo de verdade! E eu quero encontrar a minha verdade! Essa mesma que está escondida aqui... E eu quero - é difícil assumir - mas eu quero que alguém me ajude a buscar essa verdade... O problema é que esse alguém já tem nome, e aquela mulher tão independente e livre de preconceitos se transformou numa menininha, que jamais irá assumir o que está sentindo...